Segundo o ponto 363 das “Constituições de 1850”, uma Comunidade Local só pode ser estabelecida e suprimida com licença da Superiora Geral, voto deliberativo do respetivo Conselho e aprovação do Bispo local, sendo que, nas “Constituições de 1983”, a aprovação daquele deixa de ser necessária aquando da supressão (ponto 47c).
As Comunidades Locais são governadas por uma Superiora Local, nomeada pela Superiora Geral, após proposta da Superiora Provincial e respetivo Conselho, e voto deliberativo do Conselho Geral (ponto 364 das “Constituições de 1850”).
Escolhida entre as RSCM de votos perpétuos e com, pelo menos, 30 anos de idade, a Superiora Local exerce um mandato de 3 anos, com possibilidade de prolongamento por mais 3, cabendo-lhe promover junto da Comunidade o espírito e missão do IRSCM, observando as “Constituições” e outras normas, assim como todas as diretrizes emanadas da respetiva Superiora Provincial e Superiora Geral (pontos 365 a 375 das “Constituições de 1850”).
Na sua missão, a Superiora Local pode ser auxiliada por 1 ou 2 Conselheiras, conforme o número de religiosas professas que tenha seu cargo, sendo ela que representa a Comunidade junto da Província, do Generalato e da Igreja local/diocesana.
As “Constituições em 1983” alteram para Coordenadora a designação da responsável de uma Comunidade Local (ponto 45), passando a sua nomeação a ser feita pela Superiora Provincial (ponto 45a), estabelecendo-se a possibilidade de prolongar o seu mandato para além dos referidos 6 anos.
O Colégio do Sagrado Coração de Maria de Aveiro foi fundado em 10 outubro de 1928 nas instalações do antigo Colégio Moderno das senhoras Montenegro, sitas na pç. Marquês de Pombal em Aveiro (con., distr. e dio.), sob a denominação de Colégio de Nossa Senhora de Fátima, com as valências de internato e externato.
A partir de 1956, o Colégio, renomeado Colégio do Sagrado Coração de Maria, passa a funcionar no n.º 175 da av. Dr. Lourenço Peixinho o que permitiu juntar, ao ensino primário e secundário, o infantário. Cerca de 1958 surge, anexo ao Colégio, o Patronato. Durante a sua existência foram Coordenadoras/Superioras Locais da Comunidade de RSCM associada ao referido Colégio, as seguintes religiosas: Maria das Cinco Chagas Peixoto (1928), Maria Teresa de Jesus Kopke (1928-1930), Maria do Coração de Jesus Mendes (1930-1936), Maria da Purificação Barroso (1936-1939), Maria do Divino Coração Oliva (1939-1946), Maria Rafael de Vasconcelos (1946-1952), Maria do Nascimento Serra (1952-1958), Maria de S. João Cardoso (1958-1963), Maria Cândida Valente (1963-1964), Maria Tomás de Aquino Mendes (1964-1967) e Maria de Nazaré Correia (1967).
O Colégio do Sagrado Coração de Maria de Aveiro encerrou no ano de 1988.
O Colégio do Sagrado Coração de Maria de Fátima (freg. do con. de Ourém, distr. de Santarém, prq. de Fátima, dio. de Leiria-Fátima) foi inaugurado no dia 29 de abril de 1951, funcionando, até à atualidade, no n.º 40 da rua Jacinta Marto.
Com internato e externato, de 1951 até 1960 nele funciona o ensino primário e o primeiro ciclo liceal, tendo o segundo ciclo liceal começado a funcionar no referido ano de 1960.
Por volta de 1965 o Colégio deixa de ministrar o ensino primário e nesse mesmo ano dá por terminadas as primeiras obras de ampliação das suas instalações.
Na década de 70 leciona cursos noturnos do ensino preparatório e liceal, passando, em 1973, a regime de coeducação e em 1975 passa a ser subsidiado pelo Estado Português.
Em 1981 encerra o regime de internato e é construído um novo pavilhão.
Já no século XXI, nomeadamente em 2002 e 2003, as instalações do Colégio sofrem novas obras de ampliação e renovação de espaços.
A Comunidade das Religiosas do Sagrado Coração de Maria de Cabeção (freg. e prq. do con. de Mora, distr. e arquidio. de Évora) foi fundada em outubro de 1989, satisfazendo o pedido de D. Maurílio Jorge Quintal de Gouveia, arcebispo de Évora (1981-2008), à então Superiora Provincial, Maria Teresa Morgadinha (1988-1994).
As primeiras religiosas a integrar a referida comunidade foram: Mercês Pereira Santos Sabino (Coordenadora/Superiora Local), Cândida Lúcia Coelho, Maria de La Salette da Rocha Marques e Maria do Rosário Pombo Teixeira.
A comunidade encerrou em agosto de 2011, altura em que era constituída pelas seguintes religiosas: Hermínia Gonçalinho Ribeiro (Coordenadora/Superiora Local), Maria Helena Ribeiro Fernandes, Maria de La Salette da Rocha Marques e Maria Teresa Meira da Rocha.
A Comunidade das Religiosas do Sagrado Coração de Maria da Estrela, fundada em 1973, estava sediada no 2.º esq. do n.º 108 da r. de Santo António à Lapa (freg. da Estrela, con. e distr. de Lisboa, prq. da Lapa, Patriarcado de Lisboa).
Embora a última RSCM tenha permanecido mais um ano na referida morada, o encerramento da comunidade deu-se a 27 de agosto de 1991.
A Comunidade das Religiosas do Sagrado Coração de Maria do lg. Hintze Ribeiro (freg. e prq. de São Mamede, con. e distr. de Lisboa, Patriarcado de Lisboa) foi fundada em setembro de 1982 sob a designação dos “Ministérios Diversos”.
No biénio 1996-1997 a comunidade fundiu-se com a Comunidade das RSCM da r. de São Bento (Lisboa).
A Comunidade das Religiosas do Sagrado Coração de Maria de São Bento (freg. de Santo António, con. e distr. de Lisboa, prq. de São Mamede, Patriarcado de Lisboa) foi fundada em 1934 associada ao Lar Universitário do Sagrado Coração de Maria de Lisboa.
Nos primeiros tempos da sua fundação, a Comunidade esteve instalada na Calçada da Estrela, de onde transitou para a av. Álvares Cabral, instalando-se, provavelmente, em finais da década de 30, inícios da década de 40 do século XX, no 7.º andar – esq. e dto., do n.º 644 da r. de São Bento.
No ano letivo de 1981-1982 o Lar Universitário encerrou, no entanto, a Comunidade continuou a sua ação pastoral, instalada naquela morada, até ao seu encerramento em agosto de 2011.
Entre 1934 até 1968 foram Coordenadoras/Superioras Locais da Comunidade as seguintes religiosas: Maria de Néry Barreto (1934-1936), Maria da Purificação Barroso (1936-1937), Maria do Divino Coração Oliva (1937-1939), Maria do Bom Conselho Coelho (1939-1941), Maria Auxiliadora Guerra (1941-1947), Maria do Carmo Azevedo (1947-1949), Maria da Paz Jorge (1949-1951), Maria das Cinco Chagas Peixoto (1951-1956), Maria do Santíssima Trindade Castro (1956-1959), Maria Evangelista Faria (1959-1965) e Maria Cândida Valente (1965-1968).
Em outubro de 1992, no n.º 142 da av. 25 de abril (freg. de Viseu, con. e distr. de Viseu, prq. do Coração de Jesus, dio. de Viseu) no mesmo edifício onde funcionava, desde 1974, o Lar do Sagrado Coração de Maria, é fundada a Comunidade das Religiosas do Sagrado Coração de Maria de Viseu, conhecida como a Residência de Viseu.
Esta foi encerrada em setembro de 1994, reaberta em setembro de 1995 e, oficialmente, encerrada em agosto de 2008, embora tenha permanecido naquelas instalações até 2021.
Integravam a última Comunidade as seguintes RSCM: Maria da Graça Neves de Matos (Coordenadora/Superiora Local), Maria Alice Ribeiro dos Santos, Maria Antónia Quinteiro Lopes, Maria do Céu Quinteiro Lopes, Maria Dolorosa Cabral, Maria de Fátima Tomé Bispo, Maria Joaquina de Oliveira Neiva e Vitória dos Prazeres.
O Lar de Nossa Senhora do Livramento foi fundado no ano de 1810, mas sua associação ao IRSCM só foi concretizada em 1974, altura em que o seu responsável, o Engenheiro Almeida e Sousa, solicita a ajuda daquele na administração do referido lar.
Sediado na r. de Santos Pousada, n.º 182 (freg. e prq. do Bonfim, con., distr. e dio. do Porto), a ação das RSCM prolongou-se até agosto de 2014.
O Lar do Sagrado Coração de Maria de Viseu foi fundado a 5 de setembro de 1953 num edifício arrendado na av. Infante D. Henrique (freg. Viseu, con. e distr. Viseu, prq. do Coração de Jesus, dio. de Viseu), dando continuação ao trabalho iniciado por Maria Isabel Henriques Marques Matias, que ali dirigia um Lar para meninas estudantes do Liceu, do Ensino Técnico e da Escola do Magistério Primário.
Sob a responsabilidade das RSCM, no referido edifício passou também a funcionar um Jardim Infantil, que acabou por ser encerrado por falta de condições logísticas, e um Patronato.
Em 1974, o Lar muda de instalações, passando a funcionar na av. 25 de Abril, n.º 140, onde funcionou até ao seu encerramento definitivo em julho de 2010, embora o mesmo estivesse previsto para julho de 2009.
No ano letivo de 1984-1985, o Lar passou também a receber jovens universitárias, sobretudo estudantes da Universidade Católica Portuguesa – Pólo de Viseu.
Entre 1953 e 1965, foram Diretoras do Lar e Coordenadoras/Superioras Locais da Comunidade das RSCM a ele associada as seguintes religiosas: Maria Auxiliadora Guerra (1953-1956), Maria da Conceição Osório (1956-1957), Maria Auxiliadora Guerra (1957-1958), Maria Gabriel Morais (1958-1961), Maria das Cinco Chagas Peixoto (1961-1962), Maria da Santíssima Trindade Castro (1962-1964), Maria Cândida Valente (1964-1965) e Maria Antónia Lopes (1965).
O Lar Universitário do Sagrado Coração de Maria de Braga estava sediado no n.º 1 da r. D. Pedro V em Braga (con., distr. e arquidio.).
A sua fundação deu-se na segunda metade do século XX e o encerramento no ano de 2005.
Por altura do seu encerramento integravam a Comunidade das RSCM a ele associado as seguintes RSCM: Maria do Céu Gaspar (Coordenadora/Superiora Local e Diretora do lar), Arminda Gonçalves Lopes, Clara Pereira, Elisabete Oliveira Neiva, Glória Gonçalves Rodrigues, Glória Gomes Barbosa, Laurinda Ferreira da Costa, Laurinda Macedo da Silva, Maria Celeste Mendes da Silva, Maria da Conceição Moreira Mendes, Maria Elvira Marinho Sequeira e Olívia Maria Oliveira da Silva.
O Patronato de São José em Lamego (con. do distr. de Viseu, dio. de Lamego) foi fundado em 1920 pelas Senhoras Carvalhaes que asseguraram a sua administração até 24 de fevereiro de 1933, altura em que esta responsabilidade foi entregue às RSCM.
Provavelmente, também na segunda metade da década de 30 do século XX o Patronato passou a funcionar na Calçada do Desterro (Lamego).
Em 1945, o Ministério da Educação Nacional autorizou o funcionamento de um “curso primário elementar”, passando a designar-se de Escola do Patronato de São José.
No início da década de 50 do referido século, as RSCM deixaram a administração do Patronato.
Durante a sua presença ali, foram Coordenadoras/Superioras Locais da comunidade a ele associada as seguintes religiosas: Margarida do Sagrado Coração Torres (1933-1934), Maria da Conceição Osório (1934-1940), Sainte Foy Conde (1940-1943), Maria de Fátima Sanches (1943-1948) e Maria Inácio Nogueira (1948-1949).
A Província Portuguesa do IRSCM instituiu duas Comunidades missionárias no Mali (África), a saber: em Kimparana e Fanterela.
A primeira fundação foi a Comunidade das RSCM de Kimparana, fundada em 1982, após pedidos dirigidos à Superiora Provincial, Margarida Maria Gonçalves (1952-1958/1976-1982), pelo Bispo de Sikasso, Jean-Baptiste Maria Cissé (1976-1996), entre 1980 e 1981.
Embora a decisão da fundação da Comunidade em Kimparana tenha sido efetivada ainda sob o governo da referida Superiora Provincial, somente em finais de setembro de 1982 se dá a partida das primeiras RSCM, já sob o governo de Ilda Saavedra Baptista (1982-1988).
Oficialmente, a Comunidade das RSCM de Kimparana foi fundada a 13 de outubro de 1982, altura em que as religiosas fazem a sua entrada naquela localidade, e trabalhava em ligação estreita com a Comunidade das RSCM da Província Francesa (atual Província Europeia do Norte) existente em Sanzana, que encerrou em junho de 1988.
Aquela primeira Comunidade era constituída pelas seguintes RSCM: Maria da Conceição Loureiro, Maria Irene Pequito e Maria Teresa Rios, às quais se juntaram em 1984 e 1987, respetivamente, Maria Teresa Capitão e Iria Rodrigues.
A Comunidade e Missão das RSCM em Kimparana foi encerrada em 2009, tendo a sua missão pastoral sido continuada pelas “Soeurs de la Charité de Jesus et Marie”, instituição fundada na Bélgica em finais do século XVIII, inícios do século XIX.
A segunda fundação foi a Comunidade das RSCM de Fanterela a 27 de dezembro de 1997, embora a entrada oficial das RSCM se tenha verificado a 11 de janeiro de 1998.
Esta Comunidade era constituída pelas seguintes RSCM: Ana Maria Ferreira Alves Gago (Coordenadora/Superiora Local), Françoise Wyckaert (RSCM da Província Francesa) e Maria Teresa Rios dos Santos, coadjuvadas localmente pelos padres Frido e Emídio.
A Comunidade e Missão das RSCM em Fanterela foi encerrada em 2008.
Segundo os pontos 56 a 59 e 74 a 78 das “Constituições de 1983”, enquanto instituto apostólico, o IRSCM concebe a formação das suas religiosas como “[…] um processo de toda a vida, partilhado em comunidade […]” envolvendo várias etapas que se interrelacionam das quais se destacam: o crescimento pessoal de cada religiosa, a interiorização e a prática do Evangelho, o crescimento humano, intelectual e profissional de cada religiosa com vista ao desenvolvimento dos seus talentos, o crescimento no amor e espírito do IRSCM, assim como o contínuo aprofundamento bíblico, teológico e eclesial (ponto 57).
Neste contexto, cada RSCM é a primeira responsável pela sua formação sem esquecer “[…] que todo o crescimento humano se realiza num contexto de relacionamento com os outros […]” onde a Comunidade aparece como o primeiro apoio do seu desenvolvimento formativo (ponto 58), cabendo à Superiora Geral a “[…] responsabilidade especial pela formação […]”, seguindo “[…] os programas de formação nas províncias”, assegurando “[…] a sua fidelidade ao espírito e carisma do Instituto»” (ponto 59).
Tendo em conta que a formação das RSCM deve ser “[…] um processo contínuo de renovação espiritual, pessoal, intelectual e profissional.»” (ponto 75), sempre em comunhão com a Comunidade e com o espírito e missão do IRSCM, este promove encontros formativos de reflexão e debate tanto ao nível geral – encontros internacionais da responsabilidade do Conselho Geral que integram todas as RSCM – como a nível provincial – encontros provinciais, da responsabilidade da Comissão de Formação em articulação com o Conselho Provincial, na maioria das vezes, direcionados para os membros mais novos.
Divisão funcional instituída no ano de 2018 aquando do início do tratamento arquivístico.
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